Os sons cintilantes de Hollywood ainda não serão substituídos pela IA.
SAG-AFTRA e as principais gravadoras Warner Music Group, Universal Music Group, Disney Music Group e Sony Music Entertainment chegaram a um acordo provisório sobre o uso de IA para criar imitações, ou clones, de artistas de Hollywood. O acordo é um sucessor do anterior Código Nacional de Práticas Justas para Gravações de Som SAG-AFTRA.
De acordo com um comunicado do sindicato, o acordo exige que as réplicas digitais dos artistas membros recebam consentimento “claro e visível” antes de seu lançamento, bem como ofereçam uma compensação mínima ao artista e divulguem os detalhes específicos do uso do som de IA.
Cobrindo retroativamente um período de cinco anos de 2021 a 2026, o sindicato também obteve aumento dos salários mínimos, melhorias nos benefícios de saúde e reforma e um aumento na percentagem de receitas de streaming cobertas por contribuições.
Como parte da sua campanha contratual mais ampla, a SAG-AFTRA negociou anteriormente proteções de IA com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), obtendo regras semelhantes para consentimento e compensação à medida que a “atuação de IA” se torna uma realidade cada vez mais ameaçadora. No momento da votação do contrato, alguns membros do SAG-AFTRA estavam preocupados que as proteções não fossem suficientemente longe. O sindicato também apoiou a legislação da Califórnia destinada a proteger os atores de réplicas digitais feitas sem o seu consentimento.
Os membros votarão pela ratificação das novas proteções musicais ainda este mês.
“Este acordo garante que os nossos membros estão protegidos”, escreveu Duncan Crabtree-Ireland, diretor executivo nacional da SAG-AFTRA e negociador-chefe. “A SAG-AFTRA mantém-se firme na crença de que, embora a tecnologia possa melhorar o processo criativo, a essência da música deve estar sempre enraizada na expressão e experiência humana genuína.”