O comportamento noturno ou crepuscular de algumas espécies de abelhas é uma adaptação evolutiva relacionada ao seu sistema visual e às condições ambientais. A maioria das abelhas é diurna, mas algumas espécies tropicais desenvolveram a capacidade de voar durante a noite ou no crepúsculo. Isso é possível graças às características específicas de seus olhos.
Como mencionado, as abelhas têm cinco olhos, sendo três deles ocelos, responsáveis por detectar luz ultravioleta, polarizada e infravermelha. Esses olhos auxiliam na orientação das abelhas, mas não proporcionam uma visão detalhada do ambiente. O principal órgão visual das abelhas é o olho composto, que possui milhares de facetas hexagonais.
Adaptação de espécies
(Fonte: Shutterstock)
As abelhas noturnas evoluíram para ter olhos compostos muito maiores em comparação com as abelhas diurnas. Essa adaptação permite que elas capturem mais luz durante a escuridão, facilitando a navegação em condições de baixa luminosidade. Ao aumentar a sensibilidade à luz, essas abelhas noturnas conseguem enxergar melhor durante o anoitecer, amanhecer ou à noite.
Essa capacidade de voar durante a noite oferece vantagens para essas abelhas, como evitar predadores diurnos e competição por recursos. Além disso, a polinização noturna pode ser crucial para algumas plantas, especialmente aquelas que liberam seu aroma e néctar durante a noite para atrair polinizadores específicos.
Em resumo, as abelhas noturnas representam uma fascinante adaptação no reino dos insetos, destacando como a evolução molda diferentes estratégias para a sobrevivência e a reprodução das espécies no variado mundo natural.