4 VEZES QUE OS HUMANOS DECLARARAM GUERRA CONTRA OS ANIMAIS

É bem comum que a história nos relembre sobre as guerras entre povos e nações. Mas talvez você surpreenda em saber que, em certos momentos, os homens declararam guerra contra animais.

Sim, é isto mesmo. Muitas vezes, algum grupo de animais se viu em um centro de um conflito. Nessas “guerras“, por vezes os animais venceram, e em outras perderam. Mas, obviamente, há sempre um certo quesito de covardia quando um aglomerado de humanos resolve combater algum bicho. Veja quatro vezes em que isso aconteceu.

1. Batalha da Ilha de Ramree

Wikimedia Commons

Tropas britânicas chegando na Ilha de Ramree. (Fonte: Wikimedia Commons)

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Ilha de Ramree, que se localizava na costa da Birmânia (onde atualmente fica Mianmar), foi cenário de várias batalhas militares. Só que, em 1945, um evento terrível aconteceu quando as tropas britânicas obrigaram cerca de mil soldados japoneses a entrar num manguezal.

Foi uma tragédia porque o mangue era a casa de vários crocodilos, considerados os maiores predadores reptilianos do mundo. Alguns deles têm mais de 6 metros e cerca de 900 kg, e certamente são capazes de matar qualquer ser humano.

Acredita-se que cerca de 500 soldados japoneses foram comidos pelos crocodilos. O incidente acabou indo parar no Guinness World of Records como o “maior número de fatalidades em um ataque de crocodilos”.

2. A guerra contra os lobos

(Fonte: Getty Images)

(Fonte: Getty Images)

Durante o século XIX, o governo americano abriu uma guerra contra os lobos para tentar impedir que eles matassem o gado local. Em 1905, foi aprovada uma lei determinando que todos os lobos fossem eliminados do território federal. Assim, em 1926, o Parque Nacional de Yellowstone erradicou todos os animais por meio de envenenamento, tiros e armadilhas.

Já no século XX, vários esforços foram feitos para restaurar a população de lobos. Para isso, foram elaborados programas de reintrodução da espécie e proteção federal aos animais que restavam, que estavam sob ameaça de extinção. Mesmo assim, os fazendeiros se opuseram, por seguirem acreditando que os lobos representavam uma ameaça para a população e para seus rebanhos.

Até hoje existe uma discussão vigente em que se debate se os lobos deveriam ser alvo de caçadores, ou se eles precisam ser preservados a todo custo. Afinal, não é culpa deles que sejam bons predadores.

3. A praga dos ratos na Austrália

(Fonte: Getty Images)

(Fonte: Getty Images)

Em 2021, a Austrália se viu diante de uma das piores pragas recentes de ratos, o que trouxe danos às plantações e à população como um todo. Atribui-se o aumento dos ratos as condições climáticas favoráveis, o que criou uma abundância de alimentos para eles. Vale lembrar que o rato doméstico sempre foi um grande problema na Austrália, por conta da disputa por alimentos que ele causa com as espécies nativas.

Estima-se que os bichos tenham causado um prejuízo estimado em AU$ 1 bilhão. Isso fez com que o governo tivesse que intervir, investindo em métodos de controle destes roedores. Mesmo que a praga tenha passado, no fim de 2021, a população foi orientada a ficar sempre alerta para que isso não volte a acontecer.

4. A Guerra dos Castores

(Fonte: Wikimedia Commons)

(Fonte: Wikimedia Commons)

Durante o período da América Colonial, houve um grande conflito chamado de Guerra dos Castores ou Guerras Iroquois. Foram batalhas travadas na América do Norte em que diferentes grupos disputavam pelo comércio de peles. Quem tivesse acesso aos castores (e, consequentemente, suas peles) obteria uma vitória financeira.

A Confederação Iroquois (que era composta de várias tribos indígenas) lutava contra os franceses e seus aliados de tribos rivais, em que ambos os lados tentavam monopolizar o comércio dessas peles. Essas batalhas duraram quase um século e só se encerraram com o tratado de paz de Montreal em 1701.

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